Renovações

Hoje já dei a volta à arca congeladora. Já há algum tempo que não está a funcionar a 100%.

E por isso mesmo, algumas embalagens de alimentos que acabaram por ficar no fundo, foram para o lixo ainda antes de serem abertas. Isso dói.

Dói na carteira e dói saber que há tanta gente que não tem uma migalha de pão para comer e eu aqui, a mandar comida para o lixo por causa de um electrodoméstico não funcionar bem...

Por isso já está ali desligada, a descongelar para eu lhe tirar a água do gelo derretido e depois vai para outras bandas.

Reorganizei a cozinha e agora as coisas até ficaram mais desafogadas! 

Como já disse, cá em casa estamos a apostar numa alimentação mais saudável e assim sendo, vamos comprar mais legumes e peixe e menos carne.

Outra coisa que queremos fazer, é simplificar as coisas. Ficar só com aquilo que usamos e precisamos e retirar tanto de casa como da arrecadação, as coisas que só estão a empatar.

Ainda ontem dizia ao meu hubby, que algumas das coisas que temos na cozinha e que já estão connosco praticamente desde que casámos, nunca ou raramente foram usadas. Portanto, acho que não é agora que vamos precisar delas, certo?

Se daqui a um mês não forem usadas, vão seguir outro caminho. Vamos doá-las a quem realmente as usa.

Não somos minimalistas ferrenhos, mas também não queremos ser acumuladores. Já repararam que fartamo-nos de comprar caixas, caixinhas e caixotes para sermos organizados? E porquê? Porque temos muitas coisas para lá pôr dentro.

E às vezes, são coisas que guardamos porque alguém querido no-las deu (e nós até nem gostamos assim tanto delas) ou porque nos podem fazer falta um dia.

E o que é pior, é que a determinada altura nem nos lembramos que as temos e quando realmente precisamos daquela tal coisa, vamos comprá-la.

Uma das coisas que eu tenho fé que Deus faça, é que um dia possamos comprar ou mandar fazer a nossa casa de sonho.

Uma casa à nossa medida, tanto no espaço como nos materiais.

Queremos materiais de qualidade, amigos do ambiente, fáceis de manter e duradouros. Porque não vamos ser novos para sempre e um dia, quando formos mais velhos, quero em Nome de Jesus, poder limpar a nossa casinha como deve ser e sem dificuldade, sem ter trambolhos e bibelots por todo o lado a apanhar pó e a atrapalhar.

E além disso, preferimos passar o nosso tempo juntos, com a nossa bolinha de pêlo ou a passear, a ir à praia e a viajar.

Que Deus nos dê saúde e sabedoria, que é o mais importante, para sabermos discernir o que é bom e o que é mau, o que realmente nos faz falta para sermos felizes e o que não tem importância nenhuma.

 

Ano novo, vida nova!

Este ano, a resolução que vou fazer é de termos mais saúde, de comermos alimentos mais saudáveis e de tentar melhorar em tudo aquilo que preciso.

Não vou mais guiar-me por gostos dos outros ou tentar fazer isto ou aquilo, só porque os outros fazem.

Ontem li um post num blogue que geralmente costumo ver, onde a pessoa dizia que ia ficar um tempo afastada da internet. E porquê?

Por causa da maneira como nos faz sentir, ao vermos que (aparentemente) toda a gente consegue ser melhor do que nós em tudo.

Melhores cozinheiras, melhores donas-de-casa, melhores mães e pais, melhores profissionais, melhores decoradoras, têm mais dinheiro, enfim...

E é que é mesmo verdade. Quando damos por nós, passamos uma enormidade de tempo nas redes sociais e deixamos de fazer as coisas em casa ou no trabalho e começamos a invejar a vida e/ou o estilo de vida dos outros.

Lembro-me que quando comecei a trabalhar, há uns aninhos atrás, levantava-me cedo, saía de casa para o trabalho, o meu hubby fazia a mesma coisa e à tarde/noite quando chegava a casa, vinha cansada, mas satisfeita.

Tinha feito o meu dever profissional e quando chegava a casa, queria era estar com ele, com a nossa bolinha de pêlo e fazer as coisas em casa.

Foi nessa altura que conheci o mundo dos blogues. Tudo era novidade e ter um blogue básico, sem fundos e letras todas XPTO, parecia uma coisa muito avançada! :D

Os blogues serviam basicamente para aprendermos receitas novas, para vermos a casa e vida das outras pessoas no seu dia-a-dia e para trocarmos ideias.

Hoje em dia servem para o mesmo, mas com um upgrade enorme. Hoje em dia fazemos a mesma coisa, mas já com o intuito de transformar a nossa casa, a nossa mobília, o nosso casamento, a nossa maneira de ser, agir, vestir e falar, na vida das outras pessoas. Só porque está na moda, porque é in. E aí é que está o erro.

Deixamos de ter aquele prazer inocente de antes e passamos a invejar tudo e todos. E depois pecamos, porque não vemos a vida maravilhosa que Deus já nos deu e que está em frente aos nossos olhos. Ficamos cegos para o óbvio.

Por mim falo.

E foi por isso que tantos erros cometi em tantas facetas da minha vida. E quando eu sou afectada, o meu hubby é afectado.

Foi por isso que mudei de local de trabalho e de residência, erradamente.

Mas temos de viver com os nossos actos e pedir a Deus que tenha misericórdia de nós e nos ajude a mudar. Temos de pedir que Deus nos perdoe e temos de nos perdoar a nós mesmos.

E hoje em dia, que graças a Deus posso ter a profissão que desejava (dona-de-casa) e ter muito mais tempo para tudo, dou por mim sem saber o que fazer ou por onde começar. E a fazer muito menos do que queria fazer e dizia que ia fazer e a desejar tanta coisa...

E penso que nessa altura, há uns anos atrás, quando não haviam as redes sociais e outras que tais, era muito mais feliz. Era feliz e não sabia.

Por isso, também vou andar menos nas redes sociais e dedicar-me mais a aprender com aquilo que a minha mãe um dia me ensinou, coisas básicas que mantinham a casa limpa e arrumada, ter cuidado com a nossa alimentação, não porque hoje em dia a internet nos diz que temos de comer bagas com nomes esquisitos e das quais nunca ouvimos falar (e sobrevivemos até hoje), mas sim porque sinceramente, basta termos um bocadinho de cabecinha e cultura geral, para sabermos o que nos faz bem ou mal à saúde.

E tentar poupar dinheiro em coisas desnecessárias, não fazendo o nosso pão, manteiga ou iogurtes, nem tendo uma horta com legumes (gostava de ter uma, mas não tenho terreno e as varandas ficam todas sujas), mas sim, vendo aquilo de que realmente precisamos ou não.

Não condeno quem faz essas coisas todas, pelo contrário. Se são felizes assim, ainda bem, mas nem todos podemos ou queremos ser assim.

Assim sendo, vou tentar dar o meu melhor e começar a ouvir aquilo que o Nosso Paizinho do Céu tem para nos dizer, não porque li que temos de orar assim ou assado ou a estas ou áquelas horas, mas sim porque sinto no coração e quero ter (eu e o meu hubby) mais sabedoria e inteireza de coração.

Quero calar as vozes exteriores que não nos deixam ouvir a Voz mais importante, a de Deus.

Um bom ano de 2018 e que Deus nos abençoe em Nome do Senhor Jesus!

"Ouçam, meus filhos, a instrução de um pai; estejam atentos, e obterão discernimento.

O ensino que lhes ofereço é bom; por isso não abandonem a minha instrução.

Quando eu era menino, ainda pequeno, em companhia de meu pai, um filho muito especial para minha mãe, ele me ensinava e me dizia: "Apegue-se às minhas palavras de todo o coração; obedeça aos meus mandamentos, e você terá vida.

Procure obter sabedoria e entendimento; não se esqueça das minhas palavras nem delas se afaste.

Não abandone a sabedoria, e ela o protegerá; ame-a, e ela cuidará de você."

Provérbios 4:1-6